Há dias assim. De interrogações. De porquês. De vazios que...
Há dias assim. De interrogações. De porquês. De vazios que nos enchem as horas que se arrastam. E então, quando acontece, procuramos refugio nas lembranças, nas recordações, para tentarmos iludir aquele presente contado em segundos. Minutos que se transformam em horas.
E aí sim, sentimo-nos senhores da situação, desse mundo nosso de que nos rodeamos. Da vida!
Escolhemos de que cor vemos os horizontes, temos a capacidade de controlar sentimentos, o olhar adquire um novo brilho, descobrimos até que somos capazes de sorrir, que temos confiança em afectos e sentimentos.
Caso não existissem essas memórias, essas recordações, esse percorrer de um caminho por uma realidade tão nossa, e jamais perceberiamos como todos esses acasos nos transformaram e nos prepararam para um futuro.
Não somos quadro de um único pintor, não somos estatua, de algum escultor, somos «obra» criada por momentos marcantes - bons ou maus momentos - que não existiria se um desses momentos - um único que fosse - derivasse noutros caminhos, noutras direcções, noutras existências, noutros destinos.
Momentos que nos pertencem, que fazem parte de nós, das nossas histórias.
E as interrogações deixam de fazer sentido. Não existem. Apenas temos certezas e respostas!
A tudo!!!