À você... Entre provocações e... Mariane Montedori

À você...
Entre provocações e desacasos que você insiste em dizer que são premeditados, você tenta. Ouço meu nome soar ao longe junto a sua voz a pronuncia-lo. Ao certo me defama com calúnias e o seu olhar destorcido da história. Mesmo assim, o sentimento ódio não chega nem perto do meu coração. De você eu tenho pena e de quem ouve dó. O ser humano é mesmo um ser sensasionalista. Você tenta tanto me colocar pra baixo , mas não me machuca mais. Há uma coisa chamada maturidade, que certamente você não conhece. Já não são seus braços que se enrolam em mim, não é sua barba que me arranha, não é sua voz ao telefone que toca com um som especial. E se acordo de manhã, não é você que quero encontrar, não é por você que eu espero. A cerveja sou eu que pago e o outro copo eu não lhe entrego. Começou a amanhecer e os dias não são mais para você. Meus livros não contam mais histórias sobre nós dois. As frases marcadas não são mais pra nós dois. É que nossos nomes não estão na mesma linha. Entre os dois, não há mais uma coordenada aditiva. Agora os bares esperam apenas por mim. E por alguém mais que, ocasionalmente, apareça.