INSÔNIA Insólita noite sem noite, sem... Rayme Soares
INSÔNIA
Insólita noite sem noite, sem norte
Inóspito canto sem canto, sem canto
Estúpido ser sem ser, sê forte
A crespa ignorância aos prantos
Expurgado o amanhã, anseio por ele
Exasperado no meio do nada
Dormente sem sono, não durmo
Zunidos não deixam a cama calada
As vestes que encobrem a madrugada
Embotam a minha cabeça cansada
E talvez escreva tolices agora
As brumas que cortam meus versos
São parceiras de momentos iguais
Que noite sem noite, sem norte sem nada!