Olha só! Desnudam-se as faces dos... Rayme Soares
Olha só!
Desnudam-se as faces dos indóceis
Fenecem as ventanias que tonteiam
Falecem as vozes que emudecem
Olha só!
Florescem dos áridos gestos
Ações que avivam manhãs
Razões para seguirmos com fé
Olha só!
A boca que cospe secou
Pelo entorpecer que o amor
Causou na língua do rancor
Olha só!
Fui eu quem mudou o olhar
Fui eu quem mudou o eu mudo
O eu cego; o eu morto; o eu surdo.
Olha só...