[…] 17:45 da tarde. Entrou no seu... Amanda Drielly
[…] 17:45 da tarde. Entrou no seu quarto e viu seu violãozinho que outrora foi companheiro em todas as horas. Pegou no velho amigo e pensou consigo mesma: - “Nossa cara, quanto tempo, senti sua falta sabia? Passei esse tempo todo cuidado das minhas coisas. Escrevendo bobagens. Choramingando sozinha, e acabei esquecendo de ti violãozinho. Mil vezes desculpa.” Olhava pra ele e o via empoeirado e abandonado. Deslisou seu dedo indicador na superfície do caro amigo e percebeu que a poeira ficou ali no seu indicador. Quis tocar algumas notas. De baixo pra cima. E lá se foi… “Mi”, “Si”, “Sol”, “Ré”, “Lá”, “Mi”… Deu um sorriso de canto meio disfarçado e pensou: - “Ainda com o mesmo som perfeito não é mesmo velho amigo?” Se surpreendeu por ainda estar afinadíssimo. Depois de quase 5 meses parado ali atrás daquela porta. Continuou tocando seu violãozinho durante alguns minutos. Se encheu de alegria por um breve momento. Pois lembrou que a musica a acalmava. E cada nota a fazia sorrir por lhe trazer paz. Prometeu ao seu amigo: “nunca mais vou te abandonar”.