Perdeu a conta de quanto, de como, de... Manuela Marques de Souza
Perdeu a conta de quanto, de como, de quais. Não quis saber os meios ou fins. Estava já por demais cansado dos fins. Lutou com afinco, mas desistiu. Não soube explicar, cessou, morreu. Chegara à exaustão da espera pelo que não vem, pelo que não é, não há, nem jamais será, seria ou foi. Havia se deixado levar, no entanto, sabia que deixou e levou também. Pensou para garantir, mas desta vez se permitiu sentir antes. Nem mais uma palavra, nem um dia, nem mais uma gota, nada.