Não quero desprender-me de ti.... Giovanna Silveira
Não quero desprender-me de ti. Tornou-se tão reconfortante, tão acomodante ter-te aqui. Estar contigo era como deitar-se numa rede ao fim da tarde, ou observar o maravilhoso pôr do sol que se forma todos os dias de nossa existência. Era como brigadeiro de panela no inverno, como observar uma borboleta. Como escutar o barulho das ondas, indo e vindo sem parar, eternamente. Barulho de chuva batendo no chão. Cheiro de bolo saindo do forno, cheiro de felicidade, ar de alegria. Ar de calmaria, de coisa boa. Aquelas coisas que te trazem paz, que te dão a sensação de maré calma. Tudo aquilo me lembra de ti. E espero que daqui para frente, seja assim. Sensações de mais, memórias de menos. Coisas reais, concretas, sólidas como gelo. Sei que um dia vão derreter, que vão acabar-se. Mas gosto disso, desses desafios.