DILIGÊNCIA Vou sair, não diga a hora... Naeno Rocha
DILIGÊNCIA
Vou sair, não diga a hora gritantemente
Que a hora já passa do tempo.
Que me preparo sem litígio e penses
O que faço não é fuga nem tormento.
Quero sonhar a trégua que minha alma urgente
Sem que a mim se refugiem sentimentos de alegria
Das estradas e sombras que me sentem
No comboio ardil e minha alma diria
Não andarei nem falso nem quem
Que todo, sou um mártir de tuas escrituras
Ante o fim do tempo da ida risonho
Procurarei ainda o fim do futuro
Para alguma coisa dizer-te imponho
O tempo meu que manhosamente aturo.
Vens amor querido nesta viagem impotente
Onde poderás ser guia e em mim não se desfaça
A obediência dos teus instantes
E qualquer uma coisa, o meu olhar disfarça.
Vamos amor contar nossos pés acima
Do meu controle fugirei que passa
Por tua diligência tudo o que sou e passo ainda.