Tem piedade, moça, tem compaixão deste... Leandro Oliveira Santana
Tem piedade, moça, tem compaixão deste pobre coração que por ti se põe a viver na amargura desta solidão, ó, mor formosa senhora mia, este coração já foi teu, foi o lar do mais nobre amor, mas agora ele se cansou, ele cansou de tanta dor, no mais tardar já é hora de se recompor. Em meio a tantos devaneios, surgira até uma viola para substituir a ausência da formosa, a ausência da sua senhora, mas esta lhe cansou, a viola também traz dor, ele, de modo egoísta, quer tudo no seu ritmo, com o seu toque, mas nem a viola lhe obedece, e isso não lhe apetece, e diante de toda fatiga, ele apenas passa a vagar, sem eira nem beira, outrora, acende uns cigarros, mas lhe dão pigarros, ele desiste e por fim se põe a esperar a morte lhe encontrar, ou será ele que iria ao encontro da morte?