Coro. Agarrai para nós as raposas,... Simone Sampaio da Silva

Coro.

Agarrai para nós as raposas, estas pequenas raposas,

que devastam as vinhas, nossas vinhas em flor!

Apelo da amada

Ela.

O meu amado é todo meu, e eu sou dele.

Ele é um pastor entre lírios.

Antes que expire o dia e cresçam as sombras,

volta, meu amado,

– imitando a gazela ou sua cria –,

para os montes escarpados!

Divagações

Ela.

Em meu leito, durante a noite,

busquei o amor de minha alma:

procurei, mas não o encontrei.

Hei de levantar-me e percorrer a cidade,

as ruas e praças,

procurando o amor de minha alma:

Procurei, mas não o encontrei.

Encontraram-me os guardas que faziam a ronda pela cidade.

Vistes o amor de minha alma?

Apenas passara por eles,

encontrei o amor de minha alma:

agarrei-me a ele e não o soltarei

até trazê-lo à casa de minha mãe,

à alcova daquela que me concebeu.

Ele.

Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém,

pelas gazelas ou corças do campo,

que não acordeis nem desperteis a amada,

antes que ela queira!