Liberdade sem paraíso mal aproveitada,... Caroline Lourenço
Liberdade sem paraíso mal aproveitada, oculta em cada lágrima uma alma desesperada, uma janela que reflete o que passa lá fora, ou o que passa lá fora que reflete a mim pela minha janela.
Faço parte sem presenciar, escuto sem saber notar, vejo as folhas caírem sem saber por que caíram.
Talvez seja outono ou primavera, só vejo o jardim apertado, mal apreciado da minha janela.
Em quatro paredes se resume o meu mundo, frio, gelado. A brisa se encarrega de me trazer a tristeza, a saudade, a dureza por não conseguir ser melhor e guiar meus desejos, sentir-me tão fraco e jogar os meus sonhos ao vento!
Discuto comigo e me sinto derrotada, dentro de mim a minha alma grita desesperada, eu fui roubada de mim mesma desde a maternidade e não consigo me achar.
Procura-se um anjo que só quer achar seu lar.