AQUELE DIA Naquela mesma rua Com o vento... Daniele santana
AQUELE DIA
Naquela mesma rua
Com o vento que cerra os olhos
Nos passos lentos e forçados
Quando a pressa deixa que os sons se façam diante do silêncio
E as pessoas, sorrisos, olhares em busca de um motivo.
O cotidiano que ao nosso redor acontece no prazer preciso
As várias formas de cumprimentar o que passa
E no futuro que rapidamente se torna passado
Nunca existiu presente
Essa mente que se preocupa com o futuro
É a mesma que está presa ao passado
Mas se não podemos voltar no tempo
Fingimos que podemos controlá-lo
E tiramos todas as xérox do que achamos que é permanente
Para que não esqueçamos, para nos iludir com um “pra sempre”.
E sempre voltamos, voltamos tentando resistir a nós mesmos.
E achamos que tudo, amanhã, será novo.
O depois não é diferente, é conseqüente.