(In)certeza A incerteza de amar alguém,... Luana Rodrigues.
(In)certeza
A incerteza de amar alguém, de percorrer quilômetros no pensamento pela noite, para chegar perto de alguém que nem sentirá jamais a sua presença. Não sei explicar tamanha idiotice, essa de querer estar perto de um ser tão impossível. O jeito como nós nos desprendemos de qualquer coisa, mas nos prendemos de novo há algo insignificante, mas por sermos humanos, qualquer coisa nos chama atenção, e realmente não é bem assim. Temos que mostrar controle com nossas próprias emoções, mesmo sendo impossível, mesmo parecendo cansativo, eu sei que poderíamos, se tivéssemos força de vontade, mas isso é cansativo de mais. Ler frases e textos de auto-ajuda está fora de moda, o que está na moda agora e ler e escutar o que lhe deixa deprimido. Moda, odeio essa palavra, ela soa como uma incógnita, ela é tão feminista, tão controlada, tão ...tão, não sei meu Deus.
Muitas vezes eu me peguei pensando em como podemos ter controle sob sua própria mente, tentei meditação, fui em diversas igrejas pra conseguir encontrar a que caberia mais ao meu jeito de pensar, todas as que eu visitei deram em perda de tempo e descobri que gente como eu, devesse ficar somente com suas opiniões, já que a minha por exemplo não se forma a nada.
E então, pra descobrir quem eu realmente sou, precisei de tempo, bastante tempo. No final dessa experiência fracassada de tentar procurar o meu “eu” encontrei lá no fundo da minha gaveta -cérebro- uma coisa que jamais tinha parado pra dar um mínimo de atenção, a minha superficialidade, ela sim nunca me abandonou, e então pensei, já que sou uma pessoa altamente superficial em minhas emoções, cogitei a possibilidade de eu ser uma pessoa falsa, mas apesar de eu parecer alguém falso, descobri também que eu era muita nova pra tentar desvendar assuntos sobre mim que adultos com tantos anos de vida nunca pararam pra pensar nisso, e então obviamente desisti.
Um dia quem sabe eu não volte a procurar em algum lugar por mim mesma, a vida é tão desgastante, mexe tanto com a gente, como dizia Clarisse Lispector “nascer me estragou a saúde” …
E a gente tem que sempre seguir esta risca, de que o mundo é tão pequeno e que o seu verdadeiro amor pode estar ali em baixo, no primeiro andar da onde tu mora, ou ser teu vizinho, mas se parássemos pra procurar quem realmente iria nos fazer feliz, iriamos ser uns idiotas, porque amor não se procura, deixa ele aparecer assim do nada, te deixando com um sorriso bobo e com aquela cara de quem viu um anjo. Mas como eu não sou romântica -mentira- nem nada, quero mandar um recado para o meu cupido vesgo e doente mental. Querido cupido, sei que você não gosta muita da minha pessoa, mas só queria dizer e pedir, implorar para que pare de ficar só em casa e trabalhe logo, me ajuda, se encarregue de por alguém logo na minha vida, porque realmente estou exausta, cansei de procurar por nada, nada funciona. Sei que isso soa como idiotice, mas é bem assim que eu sou, uma grande roda gigante, de sentimentalismos, de amor, de esperas, de procura ásperas e desertas, estou querendo finalmente pensar em algo que me fará bem, e não só tristeza, tristeza, tristeza. O mundo é tão desgastante afinal, e eu sou tão criança, ainda pra tentar pensar nisso, não é mesmo? ….