Você não me conheceu, mas não por que... Ismael Azevedo
Você não me conheceu, mas não por que escondi de ti, não por omissão de mim nem mentiras contei. Chegando, tocando, puxando, beijando, e tantos outros gerúndios que você apresentou inicialmente, me deixou calado, encantado e tantos outros particípios singulares que me falha nesse momento. Não culpo o gerúndio de sua chegada nem o particípio do meu medo, apenas poderia ter usado um pouco do imperativo, no mais puro afirmativo desse tempo verbal; Me beije calado. Infelizmente hoje o pretérito é o único tempo que nos faz parte, em sua mais pura imperfeição com o intrínseco desejo do subjuntivo: A se viesse e eu estivesse (...). Nos sobra acreditar em um futuro sem pretérito, mas com presentes, muitos deles, talvez no presente de ter-te de volta, ou no presente de um apenas ‘eu te amarei’.