Anjo, que destoa da podridão da batida... Larissa Marques (original)
Anjo, que destoa da podridão da batida
da toada lasciva dessa vida
que me olha por baixo
desses longos cabelos
que me encara de frente
para esconder suas asas
toma-me em devoção
colorido e fastio
que se despe de tudo
que te obriga
que é livre...
não me olhe assim
sou descrente
duvido de sua existência
e se te vejo pode ser alucinação
efeito das drogas e dos calmantes
seu coração puro, imaculado
toca minha essência
mas não converte-me
apenas rende-me
não há diferenças entre nós
aqui
não me dê suas mãos
pois terão o molde perfeito
da imperfeição impregnado
em cada dedo atrevido
tenha-me em prantos
por entender
que já sei das verdades.
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