Custo de escolha, regresso habitual.... SuéLen C. Cruise
Custo de escolha, regresso habitual.
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Largão a mão da caneta para aprender a apagar
Lamber em suma a ferida que se fez por gostar
Sentir o tempo perdido, cruel a te encarar
Veja que o eterno, não se mudou
O sublime parece ser intocável
E o mal relativo, bem olhou
Já o bem,figura irrevogável.
Tão longe, para se perder de vista.
Corridos passos em busca de tal “Artista”
Vira o mundo
Pisa até o fundo.
Ao pensar em correr, toda alma te procura
Oferecem rezas, preces e a tua cura
Uma razão para você escolher?
Ou um bom motivo para o deter?
A turba surge insana propondo tua salvação
Engole as pressas,queima a boca,parece escape de tentação
A salvação está onde deveria estar.
Quanto ao coração, é seu ou já podem levar?
Um brinde aos santos, aos profanos
Aos sinceros, em pé ou caídos.
Um viva aos achados, aos perdidos.
Quem busca, encontra os cantos ou os espantos.
Alcance a verdade, seja por bem ou mal
Toque as nuances da sinceridade
Saboreie sua fé, reencontre o essencial.
Livre arbítrio concedido, se a busca for por felicidade.
A verdade jamais será pura se o invade
Se sua paz mascarada grita por autoridade
Derrube o falso paraíso interno
E o mande para o inferno
Inferno e céu do dia-a-dia, passados como sem perfeição
A alegria já vem armada de decepção
Não troque a alma por uma incerta razão
Arrebenta de felicidade, desapega do talvez vilão.
Contraditório é contar os passos e voltar
Desfazendo o regredir pelo regressar
Tudo o que passaria, você escolheu, já sabia
Não corra tão longe que não saiba retornar
Apanhe o mapa, feche os olhos e vá se entregar
Esquece o atalho
Se dê ao trabalho
Viver é voltar.