(...) ser realmente um vaso, ele era... Bárbara Coré

(...) ser realmente um vaso, ele era somente barro. Antes de se tornar um objeto útil, talvez não servisse para nada. Então o oleiro pegou esse punhado de barro e pôs sobre as rodas. Somente ele sabia no que esse barro iria se transformar. Poderia virar um copo, um prato, uma jarra... o barro não sabia, mas estava ali, quietinho. Então o escultor começou a moldá-lo. Ele molhou as mãos na água para molhar o barro, pois estava seco demais. E continuou sua tarefa. Mas quando estava quase terminando, percebeu que aquilo não estava como ele queria, e com toda a força, amassou aquele "quase vaso", que se tornou só barro novamente. E talvez esse processo tenha se repetido muitas vezes antes do oleiro terminar realmente o trabalho. Mas aquele barro continuou ali, quietinho sobre as rodas. Mas você deve estar pensando: "Claro né?! Não poderia fazer nada mesmo!". É! Só que nós podemos. Nós esquecemos de que o barro precisa se aquietar para ser moldado. Precisa se deixar ser molhado, quebrado, amassado. Ele não se mexe, ele não corre. Ele não foge para outra pessoa que possa fazer o trabalho mais rápido, porque só o oleiro conseguirá fazer o trabalho correto. Somente quando aprendermos a ser barro, poderemos nos transformar em vasos. Temos que confiar no que o oleiro tem preparado para nós e descansar em suas mãos...

Obs: " Às vezes a gente tenta. A gente procura de todas as formas mudar. Mas não dá certo, porque nossas forças não são suficientes. Então nosso Pai se aproxima e começa a nos transformar. Mas essa mudança dói bastante porque mexe no nosso íntimo, nos nossos sentimentos mais profundos, nos nossos desejos e planos. Como o oleiro que quebra o vaso para fazê-lo de novo, o Senhor nos "quebra" para nos moldar novamente conforme sua vontade. Mas depois que a dor passa, a gente percebe que era uma dor boa, pois era para nosso bem... Como um espinho tirado do pé... "

Deus te abençoe !!!