O vazio do amanhã Não, não a nada... Pâmella Ferracini
O vazio do amanhã
Não, não a nada aqui...
Não sinto o mar, nem o vento a me levar.
Sinto um nada a me provocar ...
Sons, palavras pequeninas, papel a pintar.
Um lápis aqui, e lá.
E nenhuma palavra a me guiar.
Sinto-me fraca, como uma flor seca,
Sem vida, sem sonho, a espera da terra fria ...
E mesmo que eu quisesse viver, não poderia.
...
Não penso em nada ...
Não sinto mais nada, não sei de nada ...
Não sei do amanhã ...
Mais, o amanhã existirá?