De volta pra mim. Na eterna família,... Daisy Xavier
De volta pra mim.
Na eterna família, entrelaçada
por simpatia real - e afeição -
entre braços e abraços, é chegado
o momento da separação.
Na estação do cativeiro,
com destino ao mundo terra,
embarco.
A viagem é longa e com ansiedade,
marco
os seis meses que passo...
Enfim, o endereço destino:
de novo, nasço!
Encontro velhos amigos!
Na família de outrora, bendigo
o modo como sou recebido:
com votos de “Seja bem-vinda!”
Compromissada,
em avançar mais um passo,
sendo a semeadura livre,
colho bons frutos
e, obrigatoriamente, também
colho fruto estragado.
Resquícios de egoísmo
ainda arraigados
trazem-me orgulho e vaidade
- sombras das paixões -
Uso então a liberdade
que o livre arbítrio me outorga.
Para o desprendimento alcançar,
o tempo é preciso viver
e em intensidade captar.
Para frutos salutares colher,
é necessário semear caridade,
porque na estação – embarcada -
da esperada liberdade,
quero levar, no meu coração,
da vitória, a realização,
por mais um degrau conquistado.