DIVISÃO O que valem os bons sentimentos... Naeno Rocha
DIVISÃO
O que valem os bons sentimentos
Diante à força já existente
Em cada coisa.
De que nos servem das boas ações
Quando já existe a má vomntade consolidada.
O que podemos fazer por aquilo
Que não deseja de nós sequer um olhar
Imagine tocar, abrir, perscrutar.
Ficam impotentes os desejosos por mudança,
Quando tudo está fincado
De forma definitiva, e desorganizada
E cada um ao seu lugar.
E sentem prazer em serem assim.
E acham bom como estão acomodados.
De que valem as intenções dos que lutam
Em favor da manutenção do verde,
Da valorização dos pobres indefesos,
Se existe uma força visível
Em cada um em continuarem assim.
Coitados dos que precisam desses reparos,
Por não verem a outra forma
Que se imaginam bom e mais humano.
Ficam com o medo, e protegendo
O que se ver como castigo e opressão.
Coitados dos danosos, dos mentirosos,
Que conceberam o mundo com essa divisão,
Não sabem eles, que a parte que lhes toca,
É a mesma, deles, sem ter-se acrescido nada.
O que falta ao pobre à mulher sofrida, iludida,
À natureza, aos que se mostram precisados,
Tem para eles o mundo guardado,
Que não é propriedade de ninguém ainda.