TRÊS ETAPAS Não, meu amor, as coisas... Alanna Stefany
TRÊS ETAPAS
Não, meu amor, as coisas não são assim. Está longe do meu contentamento contentar-se em apenas te observar, singelo a desfrutar da felicidade alheia. Meu coração sugere firmeza em sua presença, em seu verso não passa de ilusão, pura ilusão. Realmente engraçado como você não consegue ficar segundos sem meu olhar, parece engoli-los com a parte mais egoísta desse amor, desse amor que eu sei estar vivo em algum pedaço seu. Que por sua conta, em algum lugar inalcançável dessa mais perfeita existência. E nessa existência, meu desejo ecoa suave e fugaz, saciando-se nas meras lembranças que tenho do teu rosto tão ideal. Não, meu amor, as coisas estão longe de serem assim. Não vá pensando que eu pensei em tudo, porque, na verdade, eu não sei de nada. Queria queixar-se mais vezes de mim, mas parece que isso não importa, você aprendeu a acolher o que eu tenho a dar. Quem sabe nada tenho a dar. Não vá pensando que eu sei de tudo, porque, com toda verdade, ainda sou uma criança. Só preciso do seu beijo tapando a minha boca, impedindo que haja estrago mais uma vez pelo meu mau uso das palavras em formas musicais. Não, meu amor, as coisas nunca serão assim. Você foi me percebendo cada vez menos. Ter você por perto nunca foi tão doloroso quanto sempre pareceu. Acho que não existe mais aquela perfeita existência. E pela milésima vez, não fui capaz de me admitir uma chance, porque eu não tenho coragem e argumentos o bastante para isso. Isso não é uma estrela morrendo, é só o que era o nosso amor.