Confusão! Dois corpos unidos à... Tiago Francisco Meleiro...
Confusão!
Dois corpos unidos à distância,
Duas mentes separadas pela proximidade,
Dois sentimentos “desentimentalizados” por convenção,
Duas vidas mantidas pela necessidade.
Confusão!
Olhares entrelaçados,
Rostos ruborizados,
Fantasias possíveis,
Porém, ações terrenas, sólidas, racionais.
Confusão!
A masmorra se deliciando com o que há de bonito,
O tempo saboreando o que há de mais chato,
A espera (in)terminável, o medo tremendo de medo,
O destino sendo re-traçado diariamente, aleatório, imprevisível.
Confusão!
Sim, tem hora para acabar. Talvez hoje, talvez amanhã, talvez no fim dos dias.
Mas vai!
E aí sobrarão versos inacabados, palavras engolidas a seco,
Rosas murchas, corações poupados de palpitações.
Opa está clareando...
Clareou?!