Comecei então a procurar sorrisos, para... Karina Perussi
Comecei então a procurar sorrisos, para descobrir o que fazia cada uma daquelas pessoas felizes.
Observei por um bom tempo uma mulher de aproximadamente 40 anos, que aprendia a andar de bicicleta. Ao errar e quase cair, ela sorria, meio sem jeito, talvez com vergonha das pessoas que caminhavam naquela travessa. Sua felicidade era quando conseguia pedalar alguns metros. E isso eu via no brilho dos olhos dela.
Uma criança descalça, na beira do rio. Olhava para os seus pés e divertia-se com a sensação do chão crescer macio sob eles... Não se importava em sujar a barra da calça, só queria ‘sentir’. Outra garotinha saboreava um algodão doce e, com uma olhar inocente, brincava com a leveza do açucar em forma de nuvem. Aliás, acho mesmo que as crianças sejam mais felizes que nós: são puras, podem enxergar a felicidade nas pequenas coisas, como alimentar os pombos ou soltar pipas.