Eu- distraído. Eu pisava em incertezas,... Vinicius.C
Eu- distraído.
Eu pisava em incertezas, passei muito tempo procurando meu trevo de quatro folhas.
Tropecei em cada mandamento, fechei as minhas portas, fiz-me estiagem.
Hoje, sou as nuances de um sol versado- sabido.
Hoje, sou tons de música, sou bom de ouvir. “Risos.
Eu sou tarde de domingo, sou a coragem da Alma- eu sou alivio.
Hoje, é possível tocar as minhas consoantes- minhas vogais.
Eu sou a palavra não dita, sou imensidão manuscrita.
Um dia, o momento pareceu estar ali. Foi como uma espécie de caricia, que ensinou meu coração a esperar.
Eu pude encontrar-me entre olhos e devaneios. Hoje, sinto saudades- e tento arrumar a pressa.
Os seus olhos abriram a minha Alma, eu consegui ler a mim- nos seus olhos.
Eu juro que senti vontade de descansar, pois em você- senti que era permitido chegar.
Eu, que era só uma criança anunciando mudanças. E você, mergulhando em nós, por instinto.
Deixei o atrito, aprendi a dosar, sinto e faço carinho.
Enquanto distraído, a vida me tirava pra dançar.
Devagarzinho, você me trouxe de volta e me amou. Mesmo quando eu, não me amava.
Você foi o tempo que eu mais precisei ser amado, você é meu gesto, minha aliada.
Na minha ludicidade romântica- poética, gosto de pensar em águias e corujas, como se fossem nós.
As vezes, pego-me assim, distraído- sorrindo.
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“Eu agradeço a você Jaqueline, que com surpresa, foi convidada a sentir.
Que mesmo amordaçada, conseguiu gritar- e eu pude ouvir.
Obrigado meu amor, por permitir-me a certeza de que a vida é maravilhosa.
Para mim, você é um anjo vestido de gente.”