Éden. Eu não entendo o cinza, as... Vinicius.C

Éden.

Eu não entendo o cinza, as pessoas, a minha chegada.

Existe uma necessidade vital de recuperação, é chegado o momento de entender, que preciso de abnegação para que sejam abençoadas as tentativas sem êxito.
Eu, de verdade, agradeço o que cada uma me ensina.

Estou sempre a procura de me refazer, e acabo encontrando pedaços doloridos.

Eu gosto de sentir-me protegido, gosto de estar em harmonia- mesmo, que raramente.

Eu não gosto do escuro- tenho medo! Mas, algumas vezes, sinto-me perdido em mata serrada, como se a Alma, não se importasse em apontar minhas fraquezas.

Incrível como fui drama, como estive quieto. Hoje, parece que vivo esperando um olhar, um abraço, uma chance de falar.

Sentia-me tão cansado, cansado até- para entender-me. Hoje, consegui ouvir a mim...
falei das minhas fraquezas, fiz-me queixas. Acho, que finalmente me ouvi.

Eu queria poder abraçar-me, queria saber como é tocar-me, sentir-me.
Olho para mim com mais amor, com olhos de cura- de modo pio, devoto de mim e das minhas certezas.

Estou louco para viver uma outra frequência, um outro bem- vindo, depois de dias tão sisudos.

Eu quero a intimidade, quero relaxar, quero espalhar os meus brinquedos, quero compor instantes.
Eu adoraria meu amor, bordar os nossos encontros- enquanto criamos novos caminhos.

Eu só quero morrer devagarinho- baixinho, como morrem as tardes.
Eu quero saber qual foi o meu recado e transformar-me. Fazer de mim, um jeito novo de lindeza.

Sinto como se passasse a minha vida descalço, sentindo cada seixo. Mas, não reclamo- pois seria o mesmo que amordaçar o vento. Inútil.

Com medo e coragem, passo a limpo alguns rascunhos, faço as pases com Deus, só, para me flagrar feliz.

Eu te amo hoje e para sempre!

“Algumas vezes escrevo por nós. Mesmo, quando falo de mim, essa é uma delas e você sabe.”