FARSANTE Não sou Ariadne, tu não és... Siomara Reis Teixeira
FARSANTE
Não sou Ariadne, tu não és Perseu
Mas nem mesmo o fogo que outrora
Incitou teus dias de outono como meus
Minotauro de vestido levara embora
Ela, a maldita cadela das estradas da vida
Que se enforque com o novelo que te deu
Falsa princesa, rebuscada, a pretendida
Que coma o acre azedo e o todo teu
Goze agora os encantos do farsante
Ache dignificante ser adultera e impura
Leve avante a ilusão, labirinto extasiante
Tuas folhas hão de secar de forma dura
A ira aflorará em teu semblante
Pagando caro por faltar à compostura