Banal, anormal, estranho, belo e... Victória Ramos
Banal, anormal, estranho, belo e ridículo, muitas vezes óbvio, alguns soberanos e inimagináveis, o estilo é o traço mais marcante de qualquer imagem. Extremamente individual é sempre criador de polêmica e movimenta a mente principalmente dos jovens que insistem em buscar incessantemente um estilo a seguir, querem a todo custo estar na moda, caso contrário poderão não ser aceitos no meio social, mas sem saber que o segredo vem de dentro, e que este adaptaria perfeitamente às suas características físicas e psicológicas.
Cirurgias plásticas tornaram-se sonho de consumo, roupas caras de grife parecem ser mais necessárias que alimentos, cabelos lisos viraram o tipo único e ideal, o padrão de beleza. Mulheres precisam ter nomes de fruta, ir pra balada significa 'pegar todos' ou beber até cair. Parece piada e ironia, mas é realidade, a tal modernidade.
Lembre-se: pode ser mudada a imagem, mas a forma de olhar e o foco não, se uma pessoa for inteligente e digna pouco vai importar se esta veste uma roupa de boutique ou uma que estava em liquidação, o caráter não vem junto quando se compra um sapato novo, cabelos não são o reflexo do cérebro, é superficial.
As pessoas são bem mais que aparência, vão além da perfeição estética, não interessa o estilo, marca de uma roupa, dinheiro na carteira, o carro que está na garagem. A essência, a personalidade os princípios superam tudo, e o que de verdade constituem o homem. Ninguém compra, ninguém vende, ninguém acha, ou se tem, ou se é vazio interiormente.
Roupas escondem um corpo, um corpo esconde o coração, mas não precisa ser um sábio para enxergar, basta ser humano o bastante para ver o essencial. Optar pelo estilo que se quer seguir, ser aquilo que se realmente é, não temer a ninguém, só a si mesmo, cumprir o seu papel e jamais abrir mão do que é certo.