NOITE CEGA "Sozinha, vencia os... Lavínia Lins
NOITE CEGA
"Sozinha, vencia os dias, as noites
Não sei precisar as vezes em que desejei encontrar uma direção
Mas, não via como...
Estava escuro, fazia frio
De repente, você e a sua aura
A escuridão foi tomada por um brilho encandescente
Seus olhos se tornaram o meu guia
Já não temia mais o cair da noite
Agora, as mãos andavam entrelaçadas
O sentido era dado por você
Sem temor, eu apenas seguia
Você me propôs um pacto perfeito: amor eterno
Bússolas ajustadas, pés na estrada
E eu fui, cegamente conduzida por você...
Até que, em meio à trilha, numa noite fria, de visão embassada
Não vi os seus olhos, não encontrei as suas mãos
Gritos de dor, súplicas de socorro
Onde está você?
Por que me deixou aqui?
Você me prometeu amor eterno!
Como prosseguir sem direção?
Você me prometeu um amor eterno
Um amor perfeito, sem despedidas
Terá sido tudo isso apenas fruto da minha imaginação?
Não era você?
Não era eu?
Às lágrimas, em meio a chuva
Coração jorra a dor de um amor que nunca existiu
Que nunca me abraçou, nunca me amou, sequer me descobriu".
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