”.. Ah, o coração humano, frágil... Carolina Ferreira
”.. Ah, o coração humano, frágil como um espelho cristalino de pensamentos. Ao acordar esta manhã tive a impressão que havia me curado da lancinante dor no coração, o palpitar desenfreado e áspero. Algo se debatia lá dentro, como um lobo tentando fugir das garras do predador, e seus uivos eram gritos em minha voz até então embargada. Deitada, pousei a mão sobre o seio e senti o repousar dos batimentos. Da janela entrava luz, e das árvores lá fora o gorjear do passaredo, tudo isso porque meu anseio virou conforto, assim que seus olhos pousaram nos meus e ficaram, até o toque cálido e sedento alcançar minha pele que eriçou e tratou de saborear a sensação do seu corpo contra o meu. Aquele encontro matinal havia sido o melhor momento vivido desde nossa primeira noite juntos. Não era encontro, era reencontro."