Eu me rendo Eu sou patético! É!... Ludwig Plateau
Eu me rendo
Eu sou patético!
É! Confesso!
Hoje, patético é o que sou!
Confesso eu!
Como pude guardar tanto amor?
Ou seria rancor?
Como pude não dizer nada para ninguém além das estrelas que sempre se mantém silenciosas;
Silêncio que grita cá dentro;
Ou para o sol, que parecia fugir lentamente só voltando no outro dia, apenas para ver se eu ainda estava aqui;
Como pude não perceber que quem eu mais preciso está junto comigo, e, não, sabe-se lá onde;
Por que eu ainda me surpreendo de como mudam as pessoas quando mudam os interesses?
Como mudam rápidos os interesses!
E quem faz um mudar? E o outro?
Como sofre o amor para se fazer presente!
Como sofre o amor para se manter interessante!
Mas, por que ele não muda?
Como posso sentir ainda?
Tanto tempo se passou...
Se já não tinhas interesse em mim antes, quem dirá agora!
Patético eu sou.
Patético por saber que só o amor não basta, e insistir nisso;
Patético porque eu amo de verdade, com intensidade e sem vaidade;
Patético porque da próxima vez, vou amar da mesma forma;
Patético porque eu não sei definir aquilo que eu sinto, se é bom ou ruim, fugaz ou infinito;
Patético porque sei que no mundo não há lugar para os que sentem, que choram, lutam por aquilo que amam...
Patético porque troquei a mim mesmo por algo insignificante;
E acabei me tornando insignificante para mim mesmo;
Tanto, que chego a ser...patético.