Antes de tudo, digo que, escrevo porque... Gil Nunes
Antes de tudo, digo que, escrevo porque gosto, não escrevo para nenhum leitor em particular, escrevo para mim, ou seja, escrevo aquilo que eu gostaria de ler, tendo sido escrito por alguém.
O que escrevo, nunca será uma obra acabada, de tempos em tempos, vou aprimorando aquilo que escrevi reescrevendo o texto ou mudando aqui e ali.
Nosso vernáculo, por sinal, é muito difícil, e é óbvio que escrevo muitas palavras erradas, até sem perceber, mas tão logo percebo, são imediatamente substituídas pelas palavras corretas. Entendo que é errando que se aprende a não errar.
Além do mais, escrever, para mim, é igual a plantar alguma semente, que no seu devido tempo, trará seus frutos mais doces e suculentos. Então, do mesmo jeito que ocorre numa plantação, há a necessidade de preparar bem a terra; carpindo, jogando calcário e adubo, espalhando as sementes, regando o tempo todo, observando o crescimento, arrancando o broto que não serve para dar fruto e, quando os frutos aparecem, de cada planta são retirados para que fique limpa e dê muito mais frutos ainda.
Quando escrevo, não premedito nada., posto que estou sempre lendo e estudando dentro do possível, todas as ciências, bem como, outras leituras corriqueiras com o firme propósito de ir ao encontro de alguma descontração, ademais, sou um observador por natureza das questões que envolvem principalmente as relações humanas no contexto tricotômico; corpo, alma e espírito.
Por isso, o que escrevo, normalmente é fruto dos meus estudos, das minhas descontrações, das minhas experiências de vida, das minhas aspirações, das minhas inspirações..
Mas, é óbvio que mesmo eu não escrevendo para algum leitor ou leitora em particular, fico feliz ao descobrir que alguém tenha gostado e ou vibrado com aquilo que escrevi., fico feliz porque pude levar algo compreensivo a alguém, ou seja, houve uma linha de comunicação que de certa maneira atingiu seu alvo com sucesso.
No entanto, você poderá perguntar-me – E como você lida com as críticas em relação ao que escreve? Respondo – Eu acredito que ninguém consegue agradar a todos, e uma vez que temos a necessidade de escrever, precisamos também estarmos abertos a tudo que vier pela frente, principalmente em relação às críticas, que sendo elas as piores, ainda assim, posso entender que pelo menos pude impactar alguém com o que escrevo, e por mais que tais críticas sejam dirigidas a mim de forma negativa, as recebo positivamente, visto que as analiso aproveitando o que for relevante observando a fonte, vez que, sendo a fonte das críticas condizente com a realidade daquilo que escrevo, e portadora de conhecimento necessário para a devida refutação, sem problemas.
Hoje em dia, as massas vão sempre para o mesmo rumo, todos nós podemos notar que se alguém escreve algo diferente, por ser diferente, somente pessoas diferentes da maioria é que conseguem entender e absorver o que foi escrito, tirando boas lições e ao mesmo tempo aprendendo com o fim de buscarem o desenvolvimento pessoal.
Na atualidade, se você não concordar com o rumo para aonde caminha a humanidade, pronto, você não passa de um patinho feio insignificante. Para mim, é bom porque gosto de estar perto das pessoas insignificantes, elas têm mais vida e não ficam temerosas com isso ou com aquilo que poderão dizer delas, afinal, elas não têm nada a perder; nem pompas, nem status, nem tapinhas nas costas..
Escrever, é meio de motivação, de exercitar os neurônios, de voar mais alto, de rir das situações, de exclamar, de contradizer os dirigentes loucos desta vida, de criar poesia, de nos levar aos sentimentos mais íntimos, de nos fazer sentir o exalar do perfume de uma flor, de externar o contentamento descontente, de proclamar a fé, a esperança e o amor, de ir ao encontro do conhecimento do infinito, sabendo que lá, nunca se chegará.
Escrever, é o meio pelo qual aplaudimos os grandes feitos da humanidade e pelas mesmas vias, repudiamos as ações ditatoriais dos déspotas que assolam a vida e a liberdade de todos os povos e nações.
Finalmente, escrever, para mim, é o mesmo que derramar um aromático perfume no ar, e também, nos corações daqueles e daquelas que conseguem apreciar o encanto, e toda a beleza existente na ponta dos dedos, pressionados contra as teclas do teclado de um computador, utilizados pela mente e pelo coração de um destro escritor ou de uma destra escritora.