Travessia Nada me resta além da... Regis
Travessia
Nada me resta
além da consciência
de que essas feridas nunca irão fechar.
Chagas profundas que sangram incessantemente
me levando e trazendo da morte...
Rastejo em direção aos portais abertos
enquanto espectros chamam o meu nome
e executam a marcha fúnebre para me receber.
Meus gritos evocam as lembranças de um passado soturno
que são levadas uma a uma pelos espectros.
Escorrem entre os meus dedos
misturadas ao meu sangue.
O meu ódio não pode ser medido
Por mais que eu não queira afundar
o abismo me chama,
os espectros me empurram.