Era o mesmo atraso de sempre. Do medo de... Bárbara Campos
Era o mesmo atraso de sempre. Do medo de se levantar, das idéias que estavam deitadas na cama que são obrigadas a morrer no travesseiro mais uma vez.
Era o medo do amor, daquela dor, se dessa vez ia doer menos, se os pensamentos seriam mais limitados. Dor.
Começaram a ser constantes as noites mal dormidas e as olheiras mostradas aparentavam um sofrimento lastimável.
Mas era um novo dia e a pergunta sempre vinha a tona: será que hoje vou sorrir de verdade?
Fazia tempo que ela não sentira essa sensação