Um Beijo. Ao sabor de um beijo sinto meu... Régis Soutello Pessolano
Um Beijo.
Ao sabor de um beijo sinto meu corpo me libertar.
Sinto a liberdade sobre a vida correr sobre mim.
Seu beijo tem gosto de sangue e dor...
Seu toque é frio como o gelo que brota de seu suposto coração.
Seu olhar é tão vazio quanto sua alma.
A me conquistar com suas mentiras tão cativantes e verdadeiras...
Sou levado ao teu fabuloso julgamento.
No qual se considera apta a me controlar com seus fios de doce nylon.
Que parecem me cortar apenas um olhar assustado...
Meu corpo não controla mais suas próprias ações.
Estou perdido em um caminho de lagrimas no qual a única passagem de volta a realidade é você...
Com suas palavras me desferindo um golpe...
A única vez que sou forçado a abrir meus olhos dessa tortura e enxergar a realidade,
É quando escuto de sua cadavérica e sedutora boca, vermelho-sangue as palavras que me condenam ao verdadeiro inferno...
Eu te amo!
Nem o céu nem mesmo o inferno são capazes de compreender tamanha dor e pesar ao que entrego de bandeja...
Brindai mos à morte.
Um brinde a minha alma que com sucesso você tirou de mim...
Um ultimo suspiro de liberdade, sinto sair de meu corpo já sem vida.
É tão divertido assim cortar um coração fresco e tão puro que ainda acredita na farsa criada por ti?
Tenho uma divida de gratidão por vós,
Pois após minha morte fizestes questão de enterrar meu cadáver já desfigurado na mais alta montanha.
Em um lugar intocável as mãos carnais.
O único lugar onde poderia um dia nem que seja após minha morte cumprir a única promessa que lhe fiz...
Proteja-me...