Já não recordava como era sentar... Itarcio A. L.
Já não recordava como era sentar sozinho e olhar a rua, com o sol em despedida no horizonte ou mesmo a escuridão de todos aqueles pensamentos. Pouco sentido fazia a ordem dos ponteiros na parede, e as quais circunstâncias do tempo influencia tinha nas tempestades interiores.
Pessoas passam em diferente pressa, indiferentes a si mesmas; vidas se vão, nem sempre a morte significa o fim, há quem caminhe morto... Histórias conexas, algumas tão vazias e transparentes do que é uma existência inútil.
Permaneço inerte onde sempre estive e por algum tempo me afastei, mas o fisicamente tocável não diz mais que lembranças aparentemente imutáveis. Sou só eu a espera de um tempo que não volta.
Cada passo pra trás, marcados por saudade que ficou no chão, dizem mais do que posso expressar em palavras que ninguém vai entender, frases que ninguém vai ler... E ainda que fuja do início da dor, é só maneira de desafogar minha psique; que sirva de alívio a todos que olham pra esse mesmo quadro de pintura figurativa em moldura velha e quebrada.
Subscreva o passado. É tua única chance.