... sono da tarde, combinar de sonhos de... Ana Barroso

... sono da tarde, combinar de sonhos de gente que é tanta e não se acaba
Anseios cometidos ou incansavelmente esperados
Cor de saudade, melancolia contornando a combinação lilás
Ocaso suave na hora certa pra paz perambular
Entre um canto e outro. Ruas, vielas, eles e elas
Rostos de novo. De ontem. Anteontem. Do Antigo e do moço
São sempre dias com caras novas
Cada dia com uma coisa pra contar, o formato pode até ser igual
Moldura, nem o possui. O dia é, na verdade, livre
E nele, é bom estar. Estar por si só, nessa coisa de ser
Morar no tempo sem muito a abocanhar
Luz brilhando quieta, vestindo calmaria. Isso já reluz!
Em meio a todo agito, o carnaval apita apito
Acabou-se a festa, eternizou-se a magia!
Gosto quando penso que vou .re.começar tudo de novo de dias em diante
A manhã vigora só amanhã cedo
E a tarde (agora) me abraça com ar de dia feito
E enfim, este perene dia dorme
No ecoar do finalzinho da melodia, que também nem se acaba
Fim que não morre. Vem só pra dar sabor, sintonia, poesia...

(Alumia!)