ROMPIMENTOS A vida é um eterno... Rosa Berg
ROMPIMENTOS
A vida é um eterno exercício de rompimentos e mesmo assim não nos acostumamos com eles.
Voluntários ou involuntários eles nos sufocam e nos oprimem.
São pungentes e na maioria das vezes doem muito.
Quando paladinos de nossa vontade, deixam a alma leve, mas reservam, guardado no fundo de nosso íntimo, um fio de incerteza incômoda.
Rompemos o tempo todo com alguma coisa.
Escolher algo é romper com outro algo, porque temos que deixar para trás alguma coisa.
Rompimentos geram inquietações, geram dúvidas, geram confusões.
Dilaceram, despedaçam e violam os nossos sentimentos estabelecendo-se em nossas almas, com ou sem o nosso consentimento.
Rompimento pode ser o fim de uma história, um fim de linha ou ainda, uma elipse de um momento para se parar e pensar.
De qualquer forma, romper é quebrar uma seqüência. É tocar uma nota desafinada de uma melodia.
Ou quem sabe, seja a pausa para o descanso.
Rompimentos são necessários e obrigatórios e sem eles a vida teria um único rumo, uma única direção e seria muito chata e sem emoção. .
Então, vamos caminhando, chorando e sorrindo com os rompimentos contínuos, alimentando a esperança de que esses rompimentos sejam como o romper da aurora, o surgimento de um novo dia, um novo tempo, uma nova oportunidade.