Quem eu sou? Era um dia típico, que... adsn

Quem eu sou?

Era um dia típico, que não fugia dos padrões monótonos da minha adolescência, um dia de domingo chuvoso, férias escolares, e enquanto todos estavam badalando eu estava mais uma vez em casa.
Aquele domingo era um daqueles dias, em que sua vida não parecia ter sentido e você tinha várias crises existenciais.
Diante da monotonia do fim de tarde liguei o computador e comecei a conversar com a minha amiga, realmente quando eu falava com ela ficava em duvida sobre quem a minha existência terrena, porque diante dos meus olhos ela era perfeita em todos os sentidos, não nasceu com os mesmo privilégios que eu, mas mesmo assim não tínhamos muitas diferenças, somente o fato de ela se destacar em tudo o que fazia e sempre conseguir ofuscar o meu leve brilho.
Realmente ela era uma pessoa que eu admirava, não por ela ser estonteantemente linda ou pelo seu sucesso com os garotos, eu a admirava por motivos de força maiores como o sua paciência, pela sua fala mansa, pela sua beleza tão comum, pela sua motivação e pela sua extrema sorte, tenho que admitir que isso me incomodava, porque ao olhar pra ela passava na minha cabeça as idéias mais sinistras e indescritíveis: como uma pessoa pode ser assim? E agir assim?
Sempre tentei moldar a minha personalidade, mas sempre ela vinha a tona, eu uma adolescente nos altos dos meus 15 anos tinha várias crises de choro, às vezes uma motivação sobrenatural, decepções constantes e um gênio forte e problemático, que me fazia refém do meu próprio ser.
Durante essa minha curta vida que segue um caminho incerto e com poucas oportunidades, e vários desejos, aprendi que a lei que rege o nosso planeta e a lei do mais forte; se você não é bom suficiente irá dançar, o que rege a nossa sociedade hipócrita e mesquinha se baseiam nos seus contatos ou nas roupas que veste, por isso aprendi que para chegar no meu objetivo é preciso ser o melhor, ser o mais forte, ser quem você não é.
Mas durante esse período eu estava decidia que tinha um objetivo e que queria chegar no topo, mas a minha chegada não seria sendo empurrada por alguém, eu faria pelo meu próprio mérito, pelo meu esforço constante, chegaria aonde todos as pessoas gostariam de estar, mas chegaria triunfante e não somente vitoriosa, mas orgulhosa, pois eu não era uma adolescente comum eu era uma adolescente idealista, cheia de sonhos, com vontade de vencer, mas com mais vontade d e ajudar o próximo, uma garota que estava disposta a faturar, mas estava disposta a ceder ao seu lugar aqueles que precisassem, não era uma simples adolescente vivendo nos anos 2000, eu era adolescente inconformada com a minha condição, uma adolescente que tinha perguntas absurdas e resposta supreendetes, era uma menina disposta a mudar o mundo começando pela minha casa, pelo meu bairro, pela a minha cidade, pelo meu país e depois ajudando a mudar o mundo.
Eu era simplesmente uma pessoa que tinha dificuldade de relacionamento, que não gostava de ser analisada somente pela a minha beleza, uma pessoa que não suportava o desrepeito, a pobreza, e a crueldade dos homens. Uma personalidade um tanto quanto normal, mas supreendete.
Desde cedo convive com as infelicidades dificuldades da vida, vi a guerra dentro da minha própria casa, vi esforço, mais esforço, mais esforço, determinação e bondade não surtirem efeitos e não serem reconhecidas, e por mais que eu me esforçasse os objetivos escapavam em uma fração de segundos entre os dedos das minhas mãos.
Estava disposta a mudar de vida, mudar a realidade em que viva e mudar o mundo, queria mudar os meus sentimentos, que muitas vezes eram mesquinhos e invejosos, diante das virtudes alheais, diante do triunfo dos outros, mas esses meus sentimentos tinham explicação, todas as pessoas que eu gostava e que achava poder contar em todas as horas me deixavam para trás, me trocavam por outras, me esqueciam, ou ofuscavam o meu brilho. Realmente eu não entendia o fato de tanto sofrimento, de tanta doação de minha parte para surgir uma pessoa que deveria me apoiar e me derrubar, e conseguir o meu lugar.
Decididamente eu não estava nem um pouco preocupada, com os novos celulares do momento, saber as fofocas sobre a vida das outras pessoas, eu só queria saber porque eu travava essa longa batalha contra mim mesmo, porque todas as oportunidades eram perdida independentes do esforço que era empregado, diante de tanto sofrimento e de tanto merecimento.
As dúvidas sempre me consumiram, mas nesse momento de transição, em que os erros me acompanhavam, eu só queria sair pra me divertir, consiguir um simples objetivo ou ter um amigo para contar quem eu realmente sou.
Os dias passavam e eu comecei a perceber que deveria mudar minha postura, que os falsos amigos vão e vem que eu vou ser realmente quem sou que irei correr atrás dos meus sonhos, mas se eu der meu sangue, e der minha alma, e mesmo assim uma pessoa que não tem o mesmo merecimento alcançar o meu tão sonhando lugar, não vou servir de abrigo para sentimentos baixos e lamentações, estava enfraquecida pelas amarguras, e pelas dificuldades dessa minha adolescência que só davam frutos podres, mas eu não iria me dar o luxo de sentir essas emoções, eu iria atrás de uma coisa maior e mais importante.
Uma garota que tinha o seu brilho ofuscado pela sua melhor amiga, desprezo dos que amavam, mas uma pessoa que era filosófica, que gostava das aulas de história, odiava rótulos e clichês, uma pessoa que estenderia a mão pro meu maior inimigo, apesar de sentir ódio extremo, uma pessoa que se estressava por coisas a toa que chorava, gritava, faltava com respeito com os pais, mas uma pessoa determinada, dispota a aprender e a vencer, disposta a corre, lutar e morrer, uma pessoa que tinha sentimentos obscuros, sonhos estranhos, pensamento impuros, e risada discreta, alguém que não estava disposta a abrir o seu coração para a primeira pessoa fútil que aparecesse em sua frente, essa pessoa queria muito mas, ela queria bem mais do que um dia poderá ter, essa pessoa era eu.