A Morte Que horas são? Ah! Não... André Ribeiro
A Morte
Que horas são? Ah! Não interessa!
O que farei amanhã,? não sei!
A certeza que tenho é que um dia morrerei
Pra quê tanta pressa?
Por que tantas reuniões e agendamentos?
Se um dia o nosso destino será dormir a sete palmos do cimento
Qual a intenção de exibir seus bens com orgulho?
imaturos, insanos
compramos, vendemos e abandonamos.
O futuro não nos pertence
Cessamos sem planejar, se dizer eu te amo, às vezes, sem nem mesmo acordar
E por mais que planejados formos
Seremos pegos sem esperar.
Não tenho medo de te pronunciar temida morte
Saudades é a tua maior arma,
Enfrentas a força do ser humano mais forte
E ainda nos leva libertando a alma.
Também és triste e só desalento,
Marcas a ausência de um ente qualquer
Em reunião solene de sofrimento
Pois o fato que entristece a gente é
Ter que conviver com o distanciamento.
Adeus morte! quem disse que me venceste?
Levastes meu corpo,
tropeçasse em teus “pés”
Agora já posso conhecer-te
pois agora sim descobrirei quem tu és.