É difícil, nos auto-definir. Pois... Priscila Lopes

É difícil, nos auto-definir. Pois muitas vezes fazemos uma avaliação muito diferente de quem realmente somos. Por isso é mais fácil solicitar referências sobre nós, aos outros, do que nos arriscar em fazer um "marketing pessoal". Parece que a opinião alheia tem mais credibilidade, autenticidade.
Essa é a razão pela qual perguntas como: “Quais são suas qualidades?”, ou, “Qual o seu pior defeito?”, são difíceis de responder. Como posso saber quais são minhas qualidades ou defeitos, se apenas quem pode enxerga-los são os outros?
Somente as outras pessoas podem notar nossas qualidades ou apontar nossos defeitos. O que consideramos como uma virtude pessoal, para as pessoas de nosso convívio pode ser julgada como imperfeição (principalmente se for de uma maneira exagerada). Por exemplo: persistência pode ser encarada como teimosia, amor-próprio como egoísmo, espontaneidade como impulsividade.
Embora algumas pessoas tenham o hábito de interpretar nossas atitudes de maneira propositalmente inversa, na maioria das vezes, uma análise particular por uma ótica alheia, nos oferece uma perspectiva pessoal, que muitas vezes nós mesmos nunca reparamos. Faz-nos enxergar virtudes ou defeitos, que não sabíamos que possuíamos. Pois é muito mais confortável apontar os defeitos dos outros, do que ter a coragem de assumir nossos próprios.
Então, ao invés de responder a pergunta do perfil: “Quem sou eu?”, prefiro escrever um pouco sobre mim.

Sonhos. Quem não tem sonhos? O mais interessante é que sonhar é algo democrático,
todos têm o direito, seja rico ou pobre, livre ou cativo, homem ou mulher, criança ou velho.
Falando em criança, durante minha infância, tive vários sonhos. Queria ser astronauta, para alcançar as estrelas, e quem sabe levar uma para casa. Já sonhei em ter um pônei mágico (como Pégasus – o cavalo alado), com asas que me levassem a todos os lugares que eu quisesse. Já alimentei o sonho de ter nascido loira, só para ser uma das paquitas. Sonhos lúdicos, sonhos infantis, estimulados pela imaculada inocência. Crescemos, mas os sonhos não nos abandonam; apenas se desenvolvem, acompanhando o nosso próprio amadurecimento.
Continuo alimentando meus sonhos, não mais com a ingenuidade típica das crianças; mas como forma de metas, de objetivos a serem alcançados. Ainda não realizei todos, mas desejo viver tempo suficiente para vê-los concretizados.
Dizem que os sonhos não têm preço. Mas, o que vale o sonho ser gratuito, se não nos dedicarmos para torná-los reais?

Agora, se mesmo depois disso, você ainda não descobriu quem eu sou de verdade. Então te convido a me conhecer pessoalmente, e olhar no fundo dos meus olhos...