Sou o vinho que nunca acaba a solidão... Dniri
Sou o vinho que nunca acaba
a solidão ao cair da tarde
o banho quente que revigora
a massagem que consola
Sou chuva que molha
as mãos entrelaçadas
Sou céu estrelado
no vento da noite fria
Sou a viagem às origens
o quintal perdido
Sou o sonho impossível
a distância inalcansável
Sou a fuga e o fugidor
a dor da lágrima
o calor do abraço
no reencontro
Sou o que te falta
o que mais odeia
e por isso te completo
sendo eu apenas metade
Sou porto seguro
chama de vela
açoitada por um forte vento
sou o mar elameado
Sou teu, ainda que livre
sou a angústia
Sou o pecador
a espera da redenção