Não sei a qual destino caminham as... Itarcio A. L.
Não sei a qual destino caminham as pessoas, nem há como supor com muitas chances de acerto se elas refletem sobre onde nossos passos estão nos levando. Fomos por centenas de anos em várias gerações dominados e manipulados sutilmente através da mídia e politica a pensar de um só modo. Nosso raciocínio se condiciona ao que vimos, ouvimos, lemos, e se adestra à vontade dos que subliminarmente jogam entres os bastidores das grandes decisões e trocam a vida humana por praticamente nada. Se liberte da apatia a teorias conspiratórias, o termo não define a realidade, isso ocorre a todo momento invisivelmente, longe dos olhos da massa sedenta por escândalos mínimos de corrupção, mortes, sequestros, que vibram em brigas de vizinhos e ladrões de galinha, ligam a tv ao meio-dia e se alimentam de sangue que escorre dos ignorantes que se matam.
Nos jornais manchetes de tragédias ditas naturais, e todos se solidarizam com o terremoto num país pobre, como se nunca tivessem visto o mendigo pedindo esmola em frente ao seu trabalho ou o casal vizinho de sua rua desempregado que não sabe o que dar para os filhos comerem, ou até nunca soubessem que esse mesmo país do terremoto sempre sofreu com a fome, condições precárias e doenças.
A hipocrisia habita em nossa personalidade em tal profundidade que nos comovemos quando todos se comovem, votamos em quem todos votaram, assistimos o que todos estão assistindo e usamos as roupas que dizem para usarmos. Marionetes de um sistema empodrecido, o caos se confirma nas baixas camadas da sociedade. Enxergamos apenas o que querem que vejamos e nas corrupções políticas chegamos a pensar realmente que alguém vai pagar por aquilo. O processo se repete em loop, e ninguém paga por trair a própria raça, cospem na cara de nossa dignidade e achamos tudo muito bom, tão bom que elegemos as mesmas almas sujas na próxima oportunidade.
Hoje não vou falar de amor, não diretamente. Escrevo sobre o horror razão da ausência desse amor nas almas soberbas e frias à singularidade dos sentimentos bons. Se seus valores são poder e dinheiro, se não há espaço na tua vida pra jogar conversa fora com um amigo ou olhar o pôr-do-sol no fim da tarde, se mal se vê no espelho e nem se quer se conhece por estar ocupado demais tentando ser o chamado "alguém" aqui, tua consciência te convida a parar agora. Não encare todas essas palavras como mais uma tentativa de controlar sua mente nesse bombardeio psicológico, nem se conceitua em sensacionalismo para atrair atenção. É isso que é a realidade que ignoramos e acontece de todos os lados.
Diminua o passo, feche os olhos e imagine se esses eram teus sonhos quando criança, e se essas são realmente suas vontades, ou vontades que impuseram em tua vida. Não é auto-isolamento social, não é incentivo ao suicídio, somente reflita quem era e em quem se tornou. Desconfigure sua mente e liberte-se das imposições. Se quiser mudar o mundo, primeiro, mude a si mesmo, todos os dias.