E até hoje, quando olho pra trás,... Paloma Almeida
E até hoje, quando olho pra trás, procuro insensantimente você. Na esperança, de quem sabe, você estar alí atrás de mim. Pra me pedir perdão por tudo que me fez e dizer o quanto me ama.
Admito que chego até a ensaiar algumas mazelas falsas pra te dizer quando você me pedir o meu amor de volta. Ensaio vários tipos de “não” , “agora não”, “você me machucou demais”, “vou pensar, mas não tenha esperanças”, mas no final eu aceitaria você de volta quando você me dissesse um lindo – Eu te amo.
Ilusão á toa.
Você nunca está atrás de mim, em minha frente, ou ao meu lado… Sempre dentro de mim, e só.
Quando fecho os olhos posso sentir o seu cheiro ao me abraçar, e sinto de verdade um aperto dentro de mim. A dor fica tão grande e tão forte que me abraça e a minha saudade me trás o seu cheiro.
Até procuro em outros homens uma parte de você, aquela parte que se faz necessária dentro de mim. Mas por melhor que eles sejam, nunca tem aquilo que você tem… Suas qualidades, seus defeitos, seu jeito.
Você se perpetuou dentro de mim, não consigo te tirar de mim, de dentro do meu coração. E ás vezes, até acredito que alguma coisa possa ser eterna. Quem sabe o amor seja eterno… Quem sabe ele acabe mais rápido que a gente imagine… Quem sabe ele se vá quando a gente se esquece dele… Quem sabe a gente não queira deixar ele ir… Quem sabe?
É isso, perguntas sem respostas. O amor é uma eterna incógnita, talvez por isso o queiramos e odiemos tanto!