Amigo de poucas palavras Não te condeno... Edilberto Alves

Amigo de poucas palavras

Não te condeno pelo silencio, pelo contrario, te admiro pelo mesmo.
É engraçado ver como estamos tão próximos e tão distantes. É como se desse a volta ao mundo em frações de segundos e retornasse diante de uma simples palavra, que vez ou outra sai meio seca, sem contexto, servindo apenas para nos aproximar
Hoje eu tentei te entender, neste momento meio estranho onde você poderia dizer tantas coisas, mas preferiu ficar em silencio boa parte dele.
Vai ser tudo tão novo pra mim a partir daqui, sei que será pra você também.
Nos acostumamos a estar sempre por perto e daqui a poucos instantes estaremos longe.
Eu te observo caminhar por todos os lados, a resolver todos os problemas, vejo os teus olhos fugirem de mim e do que levarei comigo.
Me encabulo as vezes ao ficar pensando que poderia ser melhor, que poderia haver mais liberdade entre nós e que muito ainda poderia ser dito... mas não há nada que me diga mais, do que o teu olhar.
Em todo esse tempo juntos aprendi muito, aprendi a decifrar seus sinais que se manifestam de forma involuntária, demonstrando assim toda a tua essência e quem realmente és.
Sei que às vezes pensas que não te amo como deveria, e que por algum motivo gostaria que você fosse diferente. Felizmente tenho que dizer: você é a pessoa mais brilhante que já conheci.
Por onde eu for, onde eu estiver, com quem eu estiver, eu serei apenas um menino que recebeu de Deus a graça de ter um companheiro tão especial. Você. Meu exemplo. Meu herói. Meu amigo. Meu pai...