Amor? Como eu posso falar de algo que me... Paola Cristina de Freitas
Amor?
Como eu posso falar de algo que me faz mal e depois recua me fazendo bem?! Eu passo um tempo indescritível, tentando descrever o que poderia ser amor, mesmo sem nunca ter vivido um. E faz um bom tempo que procuro respostas.
Já me disseram que o amor é alguém que nunca vai ti magoar. Que, amor é tudo aquilo que ti faz rir rios, rir para sempre. MENTIRA. Não é isso. Eu não acho. Talvez possa ser parte disso. O amor pode ti fazer rir muito, pode ti manter feliz em muitos momentos da tua vida. Mas, eu não concordo que o amor nunca vai ti magoar.
Por mais lindo e mágico que ele seja, vai ti magoar, NA CERTA. Isso porque ninguém vive anos e anos sem corrigir uma palavra que o outro disse, sem deixar de estar do lado pelo menos uma vez. Todo mundo erra, todo mundo desliza, mas, todo mundo perdoa. Eu, neste momento, descrevo o amor como um ato de perdão. Com erros, com desabamentos de sonhos, mas com perdão.
O amor não é alguém em si. Não é uma pessoa, não é o corpo dela. O amor, pra mim, é algo que ti faz rir, ti faz chorar, ti faz feliz, ti deixa triste às vezes, mas, sempre, SEMPRE vai voltar ti dar a mão e falar assim: ‘Vamos, levanta. Agente tem uma grande jornada pela frente. Independente de estarmos juntos ou sozinhos.’
Amar é apoiar, mas apontar os erros. É cuidar para que não se machuque, mas não servir como guarda-costas todo o tempo. É estar junto, mas deixar que por um momento viva sozinho. É deixar que por um instante o vento toque o corpo dando calafrios. É manter a distância necessária, mas ficar perto quando os braços dele procuram os teus.
Não se ama pela metade, se ama por inteiro, um todo. Não se doa metade da alma, se doa a alma inteira. Não se aposta tudo, mas acredita-se em todo potencial que podem alcançar juntos. Amar é isso. Hoje pode ser tudo e amanhã pode ser nada. Mas ele nunca vai ser perfeito. Ele estará revestido por imperfeições. E cabe a você, a mim, aceitar isso, e procurar viver da melhor maneira possível. Procurar viver como se amanhã fosse o ultimo dia juntos. O ultimo beijo, o ultimo abraço. O ultimo segundo da união perfeita entre dois desconhecidos.