Não vou continuar insistindo em quem... Por Noemyr Gonçalves

Não vou continuar insistindo em quem não insiste em mim
Fazer isso é autodestruição,
e não quero ser a responsável pelo meu desmoronamento
Deitada do Divã da vida vou falando alto e de forma clara que não quero mais coisas escuras habitando em meu interior
E são tantas as coisas bagunçadas em minha cabeça
Minha cabeça balão, que ganhou esse nome
de tanto os outros a encherem com meias verdades
Um verdadeiro ninho de cobras...
Que querem me ver mal, por baixo, olhando sempre pro chão
Mas repito quantas vezes for necessário que não vão conseguir, o que há de bonito em mim tem a força de um céu inteiro
E as estrelas brilham com força, pra dizer que sim, eu consigo!
Não vale a pena ficar ao lado de quem não me acrescenta em nada,
não vale a pena sofrer por algo que eu sei que não vai dar em nada
A gente sempre sabe
O autoengano é algo triste, pesado... Caído!
E o verbo cair já me deixou com muitos arranhões
A onda agora é riscar o cair do dicionário da vida e usar marca texto verde pra destacar o levantar, pular... VOAR
Saio do Divã um pouco mais leve...
O ar ao redor um pouco mais claro, azul...
Pego uma agulha e furo o balão da cabeça...
Não quero voar as custas dos outros
Quero voar pelos meus próprios méritos... E VOU
Mais tarde descobri que balões sentem dor!