Rifa-se um coração quase novo. Um... Ricardo Labatt
Rifa-se um coração quase novo. Um coração à moda antiga. Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário. Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos e cultivar ilusões. Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas. Um idealista, um verdadeiro sonhador.
Rifa-se um coração que nunca aprende. Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz. Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar. Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras. Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros. Esse coração que erra, briga, se expõe. Este coração tantas vezes incompreendido. Tantas vezes provocado. Tantas vezes impulsivo.