Amor impróprio Tem coisas minhas que eu... Bruna Ramos dos Santos
Amor impróprio
Tem coisas minhas que eu não sei onde guardei:
Minha sutil forma de encerrar um amor quando não é amor
Assim mesmo sem cicatriz, nem bom dia.
A doce maneira de improvisar um sorriso
Quando não há graça.
A imaginação, enfim...
Aquela forma poética de rimar os dias.
Onde eu coloquei meu Deus?
Deve ter evaporado de tanto que corri
To tentando decifrar os rastros
Mas, estão gastos.
(Pelo menos eu sobrevivi)
Como estou perdida
E não encontro os fragmentos
Isso leva um tempo
E gera certo medo
Vou te deixar amor
Escorregar entre os meus dedos
E quando eu me encontrar
Se não quiser mais segurar a minha mão
Eu a usarei pra acenar
Esfregar os olhos depois do choro
E juntarei elas frente a face
Com os joelhos dobrados, ignorando a dor
Pedindo assim
Que eu nunca mais me perca
Quando encontrar um amor