E daí que estou sozinho? E daí que... Bruno M. Tôp
E daí que estou sozinho?
E daí que preciso de carinho?
Cativar as pessoas é uma lâmina afiada,
Que penetra o coração de forma eficaz,
Mas poucos sabem, que é uma faca de dois gumes.
Hum, Hum,
Lá vai o Bloco do Eu Sozinho,
Desfilando com o tédio,
Junto da troça vem a solidão,
Essa sempre traz a tristeza,
Não é surpresa,
Relacionamentos humanos rendem esse tipo de situação.
É isso que são,
Sentimentos chegam sem se mostrar,
Como um traidor disfarçado,
É bem acolhido e nos apunhala,
Ah, ah...
Não quero mais esse tipo de pesar.
O amor, esse grande vilão,
Disfarça-se como suave e meigo,
E quando se revela,
Mostra sua face cruel...
Argh, todas caricias e pobres promessas,
Do que adianta se deixar envolver,
Se no fim, é tudo uma emboscada.
Se pudesse, recitaria uma verso,
Impactante o bastante,
Para fazer o amor se afastar de mim,
Só precisaria dele de tempos em tempos,
Prefiro mais o gosto do vento,
Aquele gosto estranho e suave,
Concentrado com o aroma dos amantes,
Mas o amor, não, esse tipinho ai, de jeito nenhum!
Só que existe um porém,
Coração é teimoso,
Sempre está preso aos ciclos mais viciosos,
Tsc, tsc,
Porque não podemos nascer sem corações?
Ah, sim, é verdade,
Porque são eles que tingem o mundo,
Então eis que surge uma grande dúvida...
Ficar sem aromas, cores, melodias e gostos,
E não ter nenhum motivo para sentir o torpor?
Ou simplesmente se arriscar ao amor?
Droga, humanos errantes,
Imperfeitos e interessantes.
Não existe resposta,
Só essa agonia...
Acabo sendo pessimista,
Até parece que gostaria de me livrar do amor...
Er... Solidão sempre me traz esse tipo de divagações,
Sempre todas cheias de mais puro baixo astral...
Vai entender...