E nós chegamos a isso, Um ponto em que... Bruno M. Tôp
E nós chegamos a isso,
Um ponto em que não da pra prosseguir,
Muito menos retroceder,
É só uma despedida,
Mas não é fácil assim.
Sei que assim como eu,
Você imaginando os caminhos,
Que poderiam se abrir,
Se continuassemos juntos,
Mas não dá mais,
Teremos que prosseguir sozinhos.
O mais egraçado,
É que não há ressentimentos,
Não há sangue, não há lágrimas,
Só um sentimento frio,
Apenas um imenso vazio,
Deixado pelo relacionamento,
Que perdeu seu significado.
Você tão espirituosa,
Está se sentindo martirizada,
Eu, tão rancoroso,
Estou fadado ao remorso,
E tudo que eu queria,
Era eliminar qualquer arrependimento,
Pra quem sabe, algum dia,
Voltar a ser feliz.
Mas isso nunca vai ser desse jeito,
Meu futuro, tudo que eu irei realizar,
Depende do que eu fiz,
Então, primeiro tenho que me encarar,
Para, se preciso, apagar,
O que tiver de apagar,
E reunir, todas as personalidades que criei.
Está na hora, do menino confuso,
Se levantar do escuro,
E aceitar a mão do galanteador inescrupuloso.
Já é tempo,
Do espantalho sem um parafuso,
Junto com todas suas verdades incovenientes,
Ficar amigo do poeta,
E só com todos unidos,
Eu vou poder encarar aquilo tudo que fiz.
Colocando pra descansar,
O que você pensou de mim,
Fundindo os quatro em um só,
Num apertado nó,
Para que eu finalmente veja,
Quem realmente sou eu.
Então deixe a misericórdia ir embora,
Já passou a sua hora,
E perceba, antes tarde, sem alarde,
Que você me adora.
Perceba,
Que eu vou recomeçar,
Com ou sem você,
Sua decisão pode apagar tudo,
Ou só recomeçar.
Nós não podemos mais continuar em frente,
Não do jeito que está.
Eu estou errado,
Minhas máscaras estão caindo,
Então, por favor, vá logo decidindo,
O que você vai fazer.
Porque não há nada,
Que eu queira mais, do que você,
Só por você, minha mentiras foram subjugadas,
Você trouxe minha verdadeira natureza à tona,
Então decida,
Vai me estender a mão, ou me derrubar na lona?